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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Adeus minha pequenina

Desde pequenina adoravas passear com os donos, não podias ouvir o carro trabalhar que te preparavas logo para passear mesmo que não estivesse nos planos levar-te.
Foste ao Norte tantas vezes, adoravas as idas ao hipermercado perto da hora do fecho porque de seguida adoravas correr no estacionamento. Corrias tu, corriam os donos, eras uma cadela muito feliz. Adoravas ladrar e dar saltinhos só firme em duas patas, parecias dançar e era impossível dizer-te que Não.
Adoravas quando chegávamos a casa e te dávamos uma boleia de carro do portão para o quintal era o suficiente para ficares toda contente pois tinhas dado mais um passeio.
Eras ciumenta não demonstravas os teus sentimentos para com os outros animais mas gostavas deles á tua maneira, deixavas que se deitassem na tua cama mas não por muito tempo, senão eras a primeira a levantar e ir embora mas ficavas a espreitar pelo canto do olho.
Adoravas a Princesa mas não o demonstravas mas eu ficava muitas vezes a espreitar-te pela janela e via-te toda contente no quintal a abanar a cauda e a andar atrás dela. Ela “cuidava” de ti parecia que percebia que estavas muito velhinha e então seguia os teus passos não te fosses perder no quintal.
A tua vida não foi fácil. Tiveste sempre muitas complicações de saúde, ossos, tumores, coração, nem sei como aguentaste tanto porque em ti nada por dentro já se aproveitava. 
Foste a última a partir da tua geração. A que mais complicações teve e a que mais agarrada á vida estava.
Foste uma guerreira, uma lutadora incansável mas a idade e os problemas começaram a tirar-te as forças.
Já quase não ouvias, estavas quase cega e muitas vezes tinha de te ir buscar ao quintal quando te perdias como na noite de Terça para Quarta ás 3 e tal da manhã em que quiseste ir ao quintal e demoraste tanto tempo a regressar. Estavas cansada, davas dois passos e paravas e tive de te ajudar a ir para casa. Ficaste parada á porta peguei-te ao colo e levei-te para a tua cesta.
De manhã o teu cansaço era grande e já não conseguias andar, nova recaída em 15 dias e desta vez faltaram-te as forças para aguentar. Fizeste as tuas últimas duas viagens de carro mas desta vez não estavas feliz.
A Princesa estava aflita de te ver doente, tanto beijinho te deu e tu parecias fazer-lhe as queixas, ela tentava colocar a pata dela em cima de ti, estava nervosa e gania de te ver doente. Tivemos de a acalmar dar-lhe montes de mimos porque o coração dela também tem problemas.
Fiquei toda a noite ao teu lado na cozinha e sempre que me levantava para te limpar pois ladravas antes de vomitar, ela levantava-se também e vinha para junto de ti.
Já não te conseguias levantar e firmar nas patas traseiras então já estávamos a pensar no próximo passo, íamos arranjar-te um carrinho para te ajudar a fazer as tuas voltinhas ao quintal pois a recuperação se é que ias recuperar, ia ser demasiado lenta.
Mas as tuas forças acabaram, não sofreste, nem te mexeste e partiste a dormir sabendo que estavas quentinha na tua cama e acompanhada.
Foram quase 17 anos foi metade da minha vida ao teu lado e hoje sinto a minha família mais pequena. A saudade é grande e nunca te iremos esquecer.
Mais uma estrelinha brilha no céu. Até um dia Liana.


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